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Mostrando postagens com o rótulo amigos

Um pedido de desculpas

Hoje estou aqui para me desculpar com alguém. Poderia muito bem falar diretamente com a pessoa para a qual as desculpas devem ser direcionadas, e poupar você de ler minhas chateacoes, mas resolvi que seria  melhor me expor. Me comportei extremamente mal com uma antiga amiga e não sei até hoje o que aconteceu comigo. Ainda me questiono e não sei a resposta para tal comportamento. Pode ser que eu tenha me calado algumas semanas antes e tudo explodiu em quatro dias; pode ser que tenha sido a decepcao com o clima que nos forçou a ficar mais em casa, e não nas praias baianas como pretendíamos; pode ser também que tenha sido a distância, o estresse comum do Brasil, o ficar mais velha e não entender que algumas coisas ficaram definitivamente no passado, ou quem sabe, o fato de ela ser mae há pouco mais de quatro anos e eu há mais de vinte e cinco, e achar na minha soberba, que estou mais certa que ela. Enfim, pode ter havido vários motivos que explicassem meu péssimo comportamento, mas o...

João e Maria

Ele chegou como sempre, todo serelepe no portão de casa, gritando o nosso nome. Os nomes das três meninas da casa. Saímos todas ao mesmo tempo. Ele tinha chegado das férias! Como é duro quando os amigos viajam e a gente não, e como eles demoram a chegar! A rua C ficava vazia, o eco era ouvido no fim da rua, e o som era de saudade. Nada tinha muita graça sem os melhores amigos por perto. Mas ele chegou! E como sempre, cheio de novidades. O cabelo levemente ondulado, os olhos vivos e puxados,  a boca cheia de dentes (sempre me pareceu ter mais dentes que o normal), vestido com sua indefectível camisetinha regata, lá estava ele, mostrando a pele magrinha, bronzeada da praia, cheirando a mar e vibrando nas histórias que tinha para contar. Histórias de longe, que nos deixavam com a imaginação ativa, viajando pelo menos, poeticamente e  dentro da possibilidade, das palavras de Buarque.  Nunca tínhamos saído de Manaus e o mais longe que já tínhamos ido, fora até o Plane...

Domingo de manhã

Acordei cedo. O dia amanheceu com preguica, o sol ainda estava encoberto, havia um pouco de neblina e fazia um friozinho de 4 graus. Vesti o casaco e fui. Fazia tempo que nao precisava fazer algo cedo num domingo. Me surpreendi com a beleza desse dia da semana, e quero me dispor a fazer isso mais vezes. Domingo de manha pode ser um encanto. É bonito ver que as pessoas nao estao esbaforidas, correndo de um lado pra outro porque estao atrasadas, ou que as ruas nao estao cheias de carros, ou que os funcionários da prefeitura nao estao fazendo uma interminável reforma na sua rua. Passo a observar mais as pessoas e paisagens no domingo de manha. E isso é agradável!  Entro no bonde que está quase vazio para o horário, normalmente os estudantes enchem o bonde com seu barulho juvenil e suas mochilas cheias e pesadas, empurrando a todos no caminho, ou há sempre pessoas penduradas em seus celulares falando todo o idioma que é possível aqui ser ouvido. Domingo de manha nao é assim. Do bo...

O melhor que tenho em mim

Uma amiga me escreveu outro dia, me agradecedendo, quando, num momento de angústia, segundo ela,  eu lhe dei a melhor dica: aproxime-se de Deus! Fiquei pensando nisso hoje. Ela disse que eu sempre quis o seu bem e dei a ela Aquilo que me faz bem: o contato com o Deus que creio. De fato, eu sempre quis o bem dessa amiga. Mesmo numa época em que acreditava que ela tinha bastante. É que ela sempre me pareceu melhor do que eu. Tinha tudo o que eu sonhava ter um dia e tive que lutar contra mim mesma, pra não permitir que a inveja tomasse conta dos meus sentimentos por ela. Formou-se na faculdade bem antes de mim, fazia trabalhos em conjunto com uma instituição ligada a universidade, viajava o Brasil e a Europa, tinha um salário, fazia o que gostava, era (é) bonita, inteligente, chegou até a me dar aulas perto do término do meu curso, quando ela, já fazendo mestrado, foi chamada por nosso professor para ajudá-lo numa matéria. Nessa época eu me sentia a mais infeliz das criaturas, p...

Um presente quase todo feito por mim e baguetes saborosas

Uma amiga muito querida me convidou pra o seu aniversário. Nao estava querendo gastar muito dinheiro com presente e resolvi eu mesma, fazer. To meio cansada dessa história de presente sabia? Já avisei pra família que nao quero mais ganhar nada. A casa tá cheia de coisas, eu quero mesmo é me livrar dessa tralha toda! Por isso, fiquei ainda mais animada pra presentear minha amiga com coisas que eu sei, ela iria gostar e usaria. Ela tem um jardim na sua casa, e gosta muito de plantar. E é uma ótima cozinheira. Entao, comprei dois vasinhos de ervas (orégano e manjerona), fiz os cartoezinhos com os nomes e embalei precariamente num papel de presente. Fiz um vinagre de ervas e um pesto de Bärlauch , que em português chama-se alho de urso, e que nao conhecia antes de morar aqui. É uma plantinha de sabor forte e muito saborosa, rica em ferro e que cresce na europa. E embalei um perfume que sei que ela gostaria, num papel simples e grosso, que imprimi a frase feliz aniversário e pronto. Nao ga...

Carta a uma amiga - III - "Entregue-se a Ele"

Querida amiga,  já disse uma vez que você nao precisa se desculpar por me escrever. Fique à vontade. Amigos sao pra essas coisas. Certo?! Os problemas seguem a gente aonde quer que vamos. Costumo dizer isso ao meu filho, que adora fugir dos problemas, seja mentindo ou simplesmente, fazendo de conta que eles nao existem, pensando que assim os problemas serao resolvidos. É um erro, porque agindo assim os problemas só serao empurrados com a barriga, aumentando na verdade, sua dimensao. Estou falando isso, e parece que nao tem a ver com o teu email, mas tem. Porque essa é uma tendência do ser humano. Fugir. Enquanto a gente nao senta e nao dialoga com Deus, as coisas nao andam. Nao adianta prometermos que vamos resolver isso ou aquilo, porque nao vamos conseguir. Sabe, o ser humano nasceu com um propósito que ele desconhece, minha amiga: viver para Deus! Se ele nao vive para isso, vai passar por este mundo com um vazio eterno na alma. Mesmo que ele tenha tu...

A delicadeza é uma pessoa

Tem a pele de pêssego e os olhos lindos. O sorriso aberto, com dentes perfeitos. Os olhos sorriem, apesar de terem um leve toque de tristeza. Faz parte, eu acho, esse toque melancólico, quando se tem olhos cor de mel. Ela se movimenta como uma pluma. Parece nao andar exatamente. Pisa leve. É leve. Delicada e gentil como uma princesa. E eu quando a vi, a abracei tao apertado e nao queria mais largar, que acho que a deixei sem ar por uns segundos. Os cabelos combinam com os olhos e com a pele, na cor e na beleza. Ela é toda bonita. O falar combina com o andar. É quieto, tranquilo e suave. Parece pensar em cada palavra que fala. Diferente de mim, que nao penso muito. Tem uma mistura de razao com emocao que combina com ela. Toda macia, como a pele de Elise. Seu bebê de quatro meses. Que tem olhos azuis como os do pai, mas o nariz, ela me disse, é da mae. E também as caretas que Elise faz, nao pertencem somente a ela. Claro! Elise a faz ver o amor crescer a cada dia e ela se sente completa...

Minha doce e alegre amiga

Eu costumo gostar das pessoas, de muitas pessoas. E gosto assim, de graca e de cara. Nem sei se existe alguém de quem eu nao goste nesse mundo... acho até um pouco estranho isso, você nao acha? Mas enfim... algumas pessoas nem sabem o quanto sao amadas por mim, porque eu nao sou uma amiga que gruda em ninguém. Mas tem umas pessoas que eu amo um pouco mais que outras, porque elas sao simplesmente, assim, especiais.   Uma delas, é a Márcia .  Ela já viveu na Alemanha por uns dois  anos, fez uma pós graduacao e viveu numa das cidades que mais gosto no país. Cidade cheia de História e arquitetura belíssima, a linda Dresden. Nesse tempo, a Márcia que conhecia apenas de blog, veio nos visitar, e depois disso nos tornamos verdadeiras amigas. Ela ainda veio a nossa casa uma outra vez e depois voltou a morar, por opcao muito consciente, no Brasil. É que ela descobriu, que é lá que se sente mais feliz. Entao outro dia ela  veio dar uma passeada na Alemanha de...

Presentinho querido

Uma leitorinha muito especial deste blog, me mandou um presentinho que nao poderia deixar de mostrar aqui. Quanta ternura, meu Deus! Ela faz trabalhos artesanais e essas duas bonequinhas sao minha avó querida e eu. Assim como desenhava no outro blog. Que amor!  Ela diz que as bonequinhas sao marcadores de livro, mas eu vou colocar na minha cozinha, o lugar que mais gosto de estar na casa, pra olhar todo dia e guardar no coracao. Obrigada Tekkita!

Uma maratona muito agradável

Semana passada! Ela teve uma semana cheia na semana passada. Comecara o domingo com filho doente, fora ao hospital num domingo, que coisa desagradável! Pensou ser catapora. Nao era. Apenas uma virose qualquer. Dois dias depois, piorou a coceira em ambas as orelhas, vermelhidao seguida de quentura. Desesperada, acordava de madrugada cocando as orelhas quentes e vermelhas, quase pegando fogo. Mas será o benedito? Na consulta, enquanto explicava as sensacoes terríveis, contava seriamente à médica - que ria dos comentários de sua im paciente -  no seu país, quando a orelha esquerda esquenta, é sinal de gente falando mal - mas como explicar as duas orelhas? E aquilo já tinha quatro dias! "Quem é que me odeia tanto assim doutora?" A médica ria e dissera que aquilo era apenas uma alergia. Na quinta feira, fez bolo pro marido que finalmente chegou aos quarenta! Foram tomar café na montanha num dia de sonho: quase 25° na sombra. À noite, foram jantar. Adora comer aqueles pratinhos...

O tipo de amiga que sou

Há alguns dias, uma amiga aqui ficou meio doente. Eu só vim saber pelo facebook. Daí ela falou uma verdade que doeu um bocadinho em mim (geralmente, verdades doem, nao é?). Ela disse que já que eu nao ligo, nao tem como eu saber que ela ficou doente. Me defendi como pude, mas reconheci: sou péssima com essas coisas. Caramba, eu nao telefono nem pra minha mae! Quero dizer, claro que ligo pra ela, mas bem menos do que deveria.  Daí fiquei me revisando, me observando. As palavras dela ficaram me rodeando por uns dias, como um fantasma. Mas nao tem jeito, esta sou eu. Foi esta a conclusao em que cheguei. Como cresci com poucos amigos, eu me acostumei a ficar na minha. Nao quero dizer com isso que amigos nao me fazem falta, mas eu sou totalmente adaptada a solidao. Isso nunca me doeu. O fato de eu ficar meio distante, nao significa em absoluto que nao pense nos meus amigos, que nao os ame. Mas eu nao sou acostumada a procurar por eles, porque sempre vivi isso. Sempre fui aquela que...

Da alegria de cantar

Bom, entao agora é oficial. Sou a mais nova integrante do coral de brasileiros aqui da minha cidadezinha. Uia, que coisa mais linda e chique! To adorando dar uma de cantora. Claro que só me atrevo a fazer isso estando em conjunto com outras pessoas, assim como um amigo lá me falou, a gente se sente protegido, abracado pelos companheiros do coral e isso nos dá forca pra encarar aquilo que a gente sabe que nem  tem assim taaaanto talento: cantar.  E é isso. Temos uma vez por semana ensaio. Participei de três deles e no último fim de semana, já tive minha primeira apresentacao. Menina, eu tava tao eufórica que parecia que tinha bebido todas. Tava feliz demais, contente, alegre, é, a palavra é eufórica mesmo. Parecia uma crianca que tinha ganho um pirulito depois de tomar uma surra. O corpo todo doía, acho que por conta do nervosismo, mas tava alegre que era uma beleza! No público dessa festa brasileira havia muitos brasileiros e alemaes, numa boa mistura, como sempre aco...

Páscoa bonita

A páscoa foi movimentada por aqui. E por aí?  Sei lá, aqui na Alemanha nao sinto nada do que a páscoa significa. Aí também nao, né? Aposto. Ah, nao sei. Sexta Feira Santa aqui a gente nem lembra que era pra ser um dia triste, parece que só eu penso nisso. Porque isso é algo já impregnado em mim. Na casa da minha mae nao tinha tv ligada, nem música, nem crianca podia fazer barulho... mas tudo bem, isso era muito antigamente.  Agora só ouco falar de chocolates, no Brasil só ovos de páscoa - parece a mesma coisa, mas nao é... O que me irrita é que aqui, no natal, já comecamos a ver coelhinhos nos supermercados. Coisa esquisita. Parece que tudo vem mais adiantado do que antigamente, já notou? Comecam a arrumar as coisas pro natal bem antes do natal, a páscoa, bem antes da páscoa. A gente já nem sente mais a excitacao da espera. E quando finalmente chega a data, a gente já tá tao cheio daquilo que já deseja que acabe... Delicadeza na casa da minha amiga Coisa doida...

Nosso primeiro encontro culinário e/ou curtindo as amigas

Uma amiga brasileira aqui resolveu de repente, que a gente deveria se reunir pra cozinhar e curtir a presenca uma da outra. Na mesma hora, pegou sua agendinha e foi logo marcando qual dia seria melhor para todas. Escolhemos a data e lá estávamos nós, para nosso encontrinho. Decidimos que o grupo nao poderia aumentar, porque nossas cozinhas nao sao nada grandes pra caber outras pessoas e porque também desse jeito, ou seja, continuando a ser um grupo restrito, teríamos  a chance de ficarmos a  cada encontro, mais íntimas, tanto na cozinha, quanto na forca da amizade.  own fofura... Sao apenas cinco garotas ( garotas !oh-làlà) e tá bom! Resolvemos fazer uma noite israelense ou israelita - como queira. Uma de nossas amigas, a Adri, esteve este ano em Israel, voltou de lá encantada, tanto com o país quanto com a boa comida. Como ela tinha conhecido alguns pratos bacanas, resolvemos fazer algo parecido e foi isso que fizemos ontem. Aqui a entradinha: falafel, hummus...

As brasileiras que me dao orgulho

Outro dia reencontrei uma querida amiga aqui. Claudinha. 51 anos ao que parece tao bem vividos, que me vejo na "obrigacao" de escrever sobre ela. Garota carioca, no sotaque e na maneira alegre de ver a vida, a Claudinha é mais um dos meus amores na Alemanha. Nao consigo vê-la sem lhe dar uns bons apertos.  Moramos na mesma cidade e a conheci há pouco mais de um ano. Sempre alegre, de bom astral e sorridente, a Claudinha me conquistou desde o primeiro dia que a conheci. Mae de dois filhos já adultos, casada há muitos anos com um simpatícissimo alemao, ela vive feliz neste país há muitos anos. Nunca a vejo reclamar de nada e pelo contrário, está sempre tentando animar as conversas quando essas tendem a entrar no negativismo, trazendo mesmo sem querer, sabedoria aos papos informais. Dona de uma sensibilidade enorme para com o outro, Claudinha é também uma apaixonada pelo esporte: corre todos os dias no quarterao, participa de toda maratona  que aparece, adora dancar e trabalha ...

Da dificuldade de fazer amigos na Alemanha

Nao posso falar sobre como andam as relacoes no Brasil hoje em dia, já nao vivo no país há quase sete anos, mas aqui, nao é muito fácil fazer novas amizades. Também nao saberia dizer se isso tem muito a ver com a idade da gente - parece que ficamos mais seletivos ao ficarmos mais velhos, nao é? Mas o buraco aqui é mais embaixo.  Claro que a cultura alema é diferente dos países do lado quente do planeta. Acho que o frio que vivemos por aqui faz com que as pessoas sejam menos temperamentais, menos emocionais e mais contidas.  E isso influencia obviamente na formacao de novas amizades. Os alemaes costumam falar que devemos cultivar as velhas amizades, aquelas que fizemos quando mais novos e que permanecem até hoje, porque novas serao muito difíceis de serem feitas. Nao concordava muito com eles inicialmente, mas só depois desses quase sete anos por aqui comeco a notar que eles  tem razao. Pelo menos em partes. Ou pelo menos, em se tratando de alemaes. Vamos a alguns...

Carta a uma amiga - II

Aqui de casa, um oceano de distância, hoje, 9 anos depois. Minha querida amiga, falamos hoje ao telefone. Senti a tua necessidade de falar. Senti vontade de escutar. Como sempre. E você falou mais calma, mais serena. Você até me escutou! É, você parou pra me ouvir!! Porque o normal é você falar muito mais do que eu, nao me dando muito tempo pra falar. Minha cabeca fica doidinha tentando entender e ordenar, o que tua boca metralha no meu ouvido. Mas hoje foi diferente. E você até me explicou o porquê dessa ligeireza toda. Você estava disposta a falar mais abertamente, a contar das culpas do passado e também disposta a ouvir. Isso é bom  e eu, quando desliguei o telefone, dei gracas a Deus por isso.  Sei que você está lendo esta "carta" silenciosamente, sei que você nao vai comentar. Sei que estará lendo em qualquer hora do seu dia, a hora em que o bebê dormir e você puder dar atencao pra si mesma.  Te falei que iria te mandar um email, mas quis muito, agora, n...

Quando uma amizade acaba

Eu a conheco há menos de um ano, me é muito querida. Mas outro dia disse que nao quer mais minha amizade. Em outras palavras. Lógico, porque aí seria duro demais. Nao falou isso claramente, mas zerou o contato comigo, me retirou do seu círculo e me dava respostas evasivas quando eu a perguntei o que estava havendo. Briguei pra entender, incomodei e obtive a resposta meio torta: nao é nada pessoal, ela só queria um distanciamento necessário. Nao entendi nada. Nada pessoal? Parecia tao bacana a nossa amizade e poxa, eu sou tao legal :-( Fiquei boba, impressionada, chateada por uns instantes com a humanidade. Como assim? Ela sairia da minha vida desse jeito sem dizer nada? Nenhuma explicacaozinha e nossa amizade, nao foi nada pessoal? Fui buscar na curta amizade, sinais indicando algo que fiz de errado. Nao encontrei nada. A nao ser algumas poucas e discretas opinioes divergentes, mas tao poucas e tao bem explicadas, tao cheias de cuidados... será que ela quer alguém exatamente como e...