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Mostrando postagens com o rótulo Meu livro

Um livro sobre a minha mãe

Esta é a nossa primeira vez sem a sua presença no seu aniversário, mãe. E isso é muito estranho. E dá vontade de chorar neste exato momento. Há dias mais leves e outros, mais difíceis... Sei que com o tempo, vamos nos acostumar, mas esse tempo ainda deve estar distante. Estamos levando nossas vidas, relativamente bem, mas a sua ausência incomoda. A mim, que moro longe há muitos anos dói, mas posso imaginar como ficaram meus irmãos Nildene, Núbia e Webster, que sempre estiveram tão perto da senhora. Hoje vai faltar uma lasanha – a melhor de todos os tempos – naquela mesa. Vai faltar a sua risada alta e voz estridente. Vai faltar música. Vai faltar a sua voz agradecendo a Deus as nossas mensagens pelo WhatsApp. Nirley não vai mandar uma orquídea, Nildene não vai chegar esbaforida do trabalho para tomar banho na correria, Núbia não vai chegar cedinho pra lhe ajudar a cortar os legumes e nem Webster vai chegar no meio da festa pra colocar as suas músicas preferidas. Mas mãe, vai chegar um...

Um romance cristão

No tempo em que eu escrevia com mais frequência no meu blog, um tema muito sério sempre surgia: mulheres que quando criança, tiveram sua infância roubada por crápulas. Num desses dias, pedi às minhas leitoras e amigas que me contassem suas histórias, pois no dia em que eu escrevesse um livro, usaria seus depoimentos. Então, aqui estão todas elas, com suas histórias misturadas e nomes trocados, para não comprometê-las. Escrevi este pequeno romance em homenagem às minhas amigas que dividiram tão gentilmente, seus pesos comigo. Na época, eu nem era cristã, portanto não pude ajudá-las muito, mas hoje conheço Quem pode. E esta é a minha intenção com este livro, ajudar pessoas que passaram por tal experiência. Que elas aprendam a confiar no poder do Senhor para curá-las e na Sua capacidade de carregar esse peso enorme em seu lugar. É um romance, ou seja, uma ficção e tem um final feliz, porque eu realmente acredito neles. À venda pelo clube de autores. Clique em cima da foto da capa para ...

Um livro para as donas de casa

Há muito tempo venho recebendo emails e comentários sobre as dificuldades que muitas mulheres têm quando passam a assumir que desejam parar de trabalhar fora para serem "somente" donas de casa. Este sempre foi um assunto que causava comoção aqui. Estas mulheres foram minha motivação para escrever um pequeno livro sobre o tema, contando um pouco da minha experiência. Como uma garota meio perdida, frustrada e desorientada como eu era, pode se tornar a mulher feliz com sua condição "do lar" como eu sou hoje.  Tem algumas diquinhas práticas também de presente para você.  Este foi um livro que realmente me deu grande alegria em fazer... Sei que você vai gostar. Para comprar o livro tanto físico quanto eBook,  somente pelo site do Clube de Autores, que você acessa clicando na imagem.

A coragem de ser uma escritora

Umas semanas atrás, a mãe do melhor amigo do meu filhinho me disse que soube por seu filho que sou escritora. Eu achei engraçado e só confirmei meio envergonhada, mudando logo o rumo da conversa. Ontem, a professorinha da minha pequena filha, perguntou se eu voltei a trabalhar agora que Florinha entrou no jardim da infância. Respondi que não, pois sou dona de casa. Ela ficou lá, falando que as mães voltam a trabalhar nessa época e querendo saber mais sobre mim, e eu acabei dizendo que sou escritora e que posso trabalhar de casa sem problema. Ela ficou muito surpresa em saber disso e eu me vi pela primeira vez, falando sobre isso tranquilamente.  Pois é, estou assumindo isso: sou uma escritora! Por muito tempo, tive muito receio só de pensar nisso. Tenho meus incríveis e preferidos autores, e nunca poderia nem mesmo imaginar ter a audácia de me definir como um deles. Eu tinha pavor em colocar livros patéticos nas prateleiras. Porém, agora que sou uma escritora independente, esse med...

Um menino feliz

Há um menino franzino em frente a porta, muito atento a tudo o que acontece a sua volta. Ele para em frente a essa casa de madeira e sente o cheiro de comida vindo da cozinha. Ele respira fundo. Inspira, fechando os olhos. Quer gravar aquele momento no fundo da alma. Sabe que sua memória é rica de pequenos detalhes, quase imperceptíveis para muitos. Moreninho, de pés descalços, todo machucado de tanto brincar na rua; cabelinhos encaracolados iguais a os da sua mãe. Pele queimada de sol, do sol amazonense.   C riado na beira mar do bairrro de São Raimundo, em Manaus, sem a possibilidade sequer de se imaginar em uma infância melhor; a começar por tomar banho no rio quase todos os dias. O belo rio Negro! Que de tão escuro, de longe chega a ser azul. Não é literalmente beira mar, porque nem mar é, mas é tão bonito quanto. Ele tinha acabado de brincar de cemitério e de barra-bandeira. Ainda ontem a meninada do bairro brincava de garrafão, quando ele entrou na brincadeira, e caiu, ...