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Postagens

Mostrando postagens com o rótulo elogio

Nao tenha vergonha de onde você mora e nem de quem você é

Rose me mandou um email falando sobre a postagem do cantinho preferido, que me fez pensar. Ela dizia assim: "Adorei seu post Nina. Li no anterior alguem dizendo que tinha em casa um cantinho que amava mas que nao tinha coragem de tirar fotos e por no blog. Seu post veio a calhar. Eu acho que a casa de uma pessoa seja ela um palacio ou um barraco de favela, tem seu valor e as pessoas nao deveriam ter vergonha de onde moram". Essas palavras me levaram de volta. Nunca tive vergonha de quem eu sou e de onde vim ou onde estive. Mas é interessante perceber, pra nao dizer que é triste, que as pessoas julgam você sempre sem nem saber nada de ti. Teve uma época que eu era, aos olhos dos outros, muito pobre. Tomava leite na mamadeira e no mamá da mamae! Agora, me pergunta se algum dia eu me senti pobre. Pergunta! Senta. Que lá vem história. Nao. Eu nunca me vi como uma pessoa pobre. Nunca, em nenhum momento da minha vida, me vi como pobre. Mesmo m...

Aceite um elogio, porfavor!

Tem algo que realmente me inspiro nos alemaes: sua capacidade de aceitar um elogio.  Se você elogia alguém, por algum motivo (qualquer motivo!) ele vai dizer apenas: danke! (obrigado!) e só. Até hoje eu fico esperando alguma coisa depois desse danke ,  mas nao vem nada. A pessoa simplesmente aceita o elogio e pronto. Nao é incrível???? Aí você vai pensar: ai Nina, vai, deixa de ser otária . Mas nao é gente, nao é incrível? Quer ver? Olha aí pro teu lado.. elogia alguém. Vai, elogia! Você acredita mesmo que esse alguém vai só ouvir o elogio, agradecer  e pronto?? Naaaaaao, caríssimo.  Esse alguém vai dizer que nao é bem assim,  que nao tá tao bom assim. Que nao é tao bonito assim. Que já tá velho. Que tá doente. Que tá rasgado. Que  foi mau remendado. Que tá faltando alguma coisa ali. Que foi baratiiinho. Que nao foi ele quem fez. Que precisa repintar. Que precisa voltar ao salao. Que isso que aquilo. Eu penso que todo mundo gosta de receber ...

A zeladora... o hospital... o mau humor...

Ainda no Hospital: Hoje uma mulher de fei ç ões abrasileiradas sem ser, veio fazer a limpeza do nosso quarto. Achei ela muito bonita, mas ao mesmo tempo, tão séria! Pele morena, bonita, magra, cabelos cheios, olhos puxados. Entrava e saía do quarto de cara amarrada e na entrada deu o bom dia mais amargo que já ouvi por aqui. Me pareceu ser altamente infeliz com a vida e com o servi ç o. Fazia o seu trabalho duramente, fazia barulho no quarto propositadamente, e nos olhava com uma cara que dava medo. Ao falar com a enfermeira, xingando que alguém havia jogado algo no vaso sanitário, notei um alemão bem claro, correto. Perguntei de onde ela vinha, tentando tirar algo de bom daquela senhora de cara tão amarga. Siciliana era a zeladora, mas já mora por aqui há muitos anos. Elogiei sinceramente seu modo de se expressar no idioma, já que pra mim não flui assim tão naturalmente e ela fez questão de me dizer no mesmo tom azedo, que fala francês, russo, e claro, italiano, além de ent...

As mais incríveis frases de todos os tempos

Laura: „Todo mundo fala sobre seus traumas, eu andei pensando: eu não tenho nenhum“. João: „Mamãe eu te amo do mais fundo do meu coração“. Minha mãe: „Ter mais um filho foi a melhor coisa que você já fez minha filha“ Meu pai: Não falou nada, apenas deixou cair uma lágrima quando esteve em coma dando sinal de que me ouvia antes de morrer. Ruy, meu ex marido: „As pessoas falam muito bem de você lá na faculdade“. Meu atual amarido: „Nelly Furtado é a segunda mulher mais bonita do mundo. Só perde pra você“. Núbia,minha irmã mais nova: „Eu não acho que a Nina é pobre não! Ela faz faculdade, tem um monte de livros aqui na casa dela, e olha pra Laura, olha como ela é. A Nina não é pobre não“... Nildene, minha outra irmã: „Mana, enquanto eu pedi a Deus para Ele tirar o papai do coma pra poder cuidar dele na minha casa, você pedia a Deus pra que o papai tivesse um minuto de lucidez no coma pra poder se desculpar a si mesmo pelas faltas que ele já cometeu. Você agiu com sabedoria!“ Nirley, ...

A minha riqueza

Quando a Laura nasceu, eu e meu marido ainda éramos estudantes universitários. Morávamos numa república de estudantes. Foi um susto muito grande a notícia da gravidez. Havíamos "casado" um mês antes, e lá estava a Laura, um pequeno grão de vida, fazendo um turbilhão dentro de mim. Junto com os enjôos, veio também muito medo do futuro, mas só uma coisa era certa na minha cabeça: eu continuaria a gravidez até o fim, mesmo com todas as dificuldades que viriam. Eu tinha 22 anos e desde os 14, sempre quis ser mãe. Não foi fácil. O pai dela estava sem emprego, eu havia voltado a estudar depois de ter parado os estudos pra trabalhar, e agora, estava sem trabalho, por causa do curso diurno. Morar na república era muito legal, tínhamos grandes amigos lá, era divertido, era educativo, era um jeito meio hippie e maluco de levar a vida. Tínhamos o Teatro Amazonas como vizinho, onde íamos ouvir boa música amazonense ou assistir peças de teatro, íamos ao cinema alternativo, onde víamo...

Tenho uma casa, filhos, marido, só me falta um cachorro, um gato pra Laura, um Hamster pro Joã޺o, mais um filho...

Sabe o que é mais legal em ser dona de casa? é ser dona da casa! Quero dizer, não me refiro ao sonho de todo brasileiro, comprar uma casa, mas ser parte dela. Fazer dela o teu cantinho, fazer com que ela tenha o teu jeito em cada cômodo. E o que é mais legal é quando você descobre algo que não sabia há muitos anos. No meu caso, eu ando encantada com algo que redescobri nos últimos dois anos: EU SEI COZINHAR!!! Meu ex marido me fez acreditar que eu não tinha esse dom. Quando casei com meu segundo, atual e se Deus quiser, pra sempre marido, tinha pavor em cozinhar. Ele era obrigado gentilmente a toda noite, ao chegar do trabalho, cansado, ir pra beira do fogão, porque eu só fazia algo pra comer quando estava sozinha em casa, ou seja, morria de medo de fazê-lo ver que eu era uma negação na cozinha, e falava pra ele, que eu não tinha coragem mesmo de cozinhar, que tinha trauma! E tinha mesmo. Precisei de alguns meses pra ter coragem pra servir algo pra nós dois comermos juntos. As prim...

Pingo de Gente?

Deletei um outro blog que tinha, como os temas eram meio parecidos, resolvi deletar. Mas como lá minha irmã escreveu um belo texto sobre a pessoa que vos fala (escreve!) achei que não era justo deletar junto. Então, aí está algo sobre uma pingo de gente... muitos de vocês já conhecem, a pingo e o texto. "Ela era tão pequena, tão frágil. Tinha pouco cabelo, ralo bem ralo. Os olhinhos eram puxados, indígenas, lógico. A boca era pequenina. E dela não saía quase nada. Gente, ela não falava! Fazia gestos para pedir o que queria e isso era motivo de risada para membros da família. Cresceu tímida, quieta no quarto. Meio bicho grilo mesmo. Chegou até a namorar um hippie, aqueles que dormem nos bancos das praças. Era o seu protesto. Os cabelos, nessa época, já não eram tão ralos. Cheios de cachos, invejados por muitas. Cresceu um pouco mais, só um pouco. Sempre foi baixinha, assim como eu. E agora, sua boca falava, e como... Tão rápido, que ela ria dos próprios engasgues. Foi a primeira ...