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Postagens

Mostrando postagens com o rótulo alegrias

Qual é o seu hobby?

Morar fora tem pra mim uma qualidade muito importante: entre tantas, uma das que mais me deixa encantada é a gente ser obrigado na marra a se virar sozinho, a aprender a viver com menos pessoas ao redor e a lidar com a gente mesmo. É um aprendizado que levamos pra vida toda. E você nunca mais vai a ser a mesma pessoa depois de uma longa temporada no exterior. Tudo em você fica mais agucado, os seus gostos se refinam, você amadurece e passa a ter uma visao muito mais ampla da vida. Nessas muitas peregrinacoes que nós estrangeiros fazemos às nossas almas - que estao um tanto mais solitárias do que seria o normal em nosso próprio país - uma das coisas que muito pode nos ajudar a lidar com essa tal solidao, é conhecer um pouco mais o que gostamos de fazer.  Muita gente nao tem um emprego, muitas nao estao estudando, muitas nao tem filhos pra passar o dia todo fazendo isso ou aquilo e é nesta hora que eu acho importante dar atencao aos nossos hobbies, aos nossos passatempos, pra nao ...

Renascendo com a primavera

Nao existe nada melhor quando se vive num país frio do que quando o inverno ainda está presente no ar e no caledário e de repente, os primeiros sinais de primavera vao comecando a surgir. É de uma maravilha tao grande,  que só sentindo e vivenciando pra entender sobre o que eu falo. As primeiras florzinhas, pequeninas, vao surgindo nos jardins dos vizinhos, na ruas, nos caminhos das ciclovias, o marido traz as primeiras flores pra arrumar a casa, a temperatura dá uma leve subidinha,  as janelas se abrem por mais tempo durante o dia, o dia clareia mais cedo e escurece mais tarde, o sol parece ser mais claro, forte, vibrante, dourado, o céu mais azul, as pessoas nas ruas trazem outra impressao nos rostos, trazem um sorriso a mais que parecia estar escondido até esse momento, as luvas, os gorros, os pesados casacos e grossos cachecóis sao deixados em casa, as meias calcas por debaixo das calcas compridas e os sapatos pesados de inverno também, os pássaros comecam a ressurgir e...

À minha filha amada

As dores começaram ontem, mas era outro ano, o de 1994. 11 horas da manhã ela já estava dando os primeiros sinais de impaciência dentro da barriga da mamãe de primeira viagem que eu era. Estava na casa da minha mãe, fazendo alguns trabalhos artesanais, ao primeiro sinal, já havia avisado mamãe, que muito pacientemente falou que eram os avisos da pequena sim, mas que a mim, só restava esperar. A respiração já estava ofegante, desde a última semana, o peso da barriga já não me deixava dormir bem, as pernas estavam pesadas. E eu estava louca pra ver aquele rostinho finalmente. Mas tive que esperar ainda todo o resto do dia. À tardinha, quando as dores começaram a aumentar em intensidade e diminuir os intervalos, mamãe decidiu me levar a uma maternidade próxima de casa. O carro era uma kombi, a do vizinho, foi só eu aparecer na rua, que toda a vizinhança surgiu junto, desejando bom parto. As crianças mais próximas, em alvoroço, queriam tudo ir junto. Na kombi fomos eu, a sacola da nenén...

Raiou o dia!

Porque hoje é um dia especial, dia de esperança, dia de luz no fim do túnel, dia de arco íris, dia de sol com cara de riso num desenho infantil, dia de acreditar na vida, na renovação da vida, na renovação da fé, porque hoje é dia de acreditar e de construir, dia de parar tudo pra sorrir. É isso, hoje é dia de riso. Pelo menos por aqui... E por ai? Hoje é dia de que?

e vejo flores em você, menina

Bom, voltei! Costumo postar só uma vez ao dia, mas agora lembrei, putz, fim de semana não postamos e domingo é o dia das mães!!!!! E este blog é entre mãe e filha... Às vezes, mais entre mães e mães. Preciso postar correndo. Caramba! Voltei por esse motivo e porque a menina ali embaixo já me deu a mão e tá toda feliz de novo. Ela resolveu sair um pouco do jardim do passado e foi passear comigo ainda agorinha. Nos olhamos cara a cara, ela tava quietinha, lá no cantinho dela, eu dei uma olhada e fiz como a Márcia comentou, não falei nada, peguei simplesmente na mãozinha pequenina dela e fomos passear de bicicleta. No caminho, decidimos ir à academia, ehhhh movimentar o corpo. Meia horinha bastou e voltamos à ciclovia. No mesmo caminho, cheiro de flores, muito sol, um monte de gente feliz com suas camisetinhas pelas ruas, com suas águas refrescantes e cabelinhos ao vento, pele já vermelha da primavera quente que está por aqui. E a menina ficou sorrindo pra mim enquanto ouvíamos Ed...

ai minha coluna...

Eu sei que falo muitas vezes que tô ficando velha. Falo muito sobre vovozinhas. Falo muito em saudade. E esses são os primeiros sintomas de velhice chegando. Reconheço. Mas preciso deixar claro que não me sinto velha. Tenho apenas 36 anos. Algumas ruguinhas e alguns fios brancos na cabeça que as crianças, gentis que são, fazem questão de mostrar pra todo mundo ver. Sinto algumas dores novas que não sentia antes. Algumas coisinhas que não lembro também já fazem parte da minha fraca memória. Meu marido é mais novo que eu 1 ano e meio. Meus filhos já podem me carregar nos braços. Minha filha tá com muito mais corpo do que a mãe, há muito já passou da mãe em altura, o filho já me alcançou, e anda encantado por um italianinha da sala de aula (apesar de ele jurar que são somente amigos). Essas e outras eu já ando encarando na vida. Agora vê se você concorda comigo. Fui intimada a ir no sábado pra cidade que morávamos antes, pertinho, apenas 30 km daqui, à noite, dançar. Eu, o marido e vár...

Tenho uma casa, filhos, marido, só me falta um cachorro, um gato pra Laura, um Hamster pro Joã޺o, mais um filho...

Sabe o que é mais legal em ser dona de casa? é ser dona da casa! Quero dizer, não me refiro ao sonho de todo brasileiro, comprar uma casa, mas ser parte dela. Fazer dela o teu cantinho, fazer com que ela tenha o teu jeito em cada cômodo. E o que é mais legal é quando você descobre algo que não sabia há muitos anos. No meu caso, eu ando encantada com algo que redescobri nos últimos dois anos: EU SEI COZINHAR!!! Meu ex marido me fez acreditar que eu não tinha esse dom. Quando casei com meu segundo, atual e se Deus quiser, pra sempre marido, tinha pavor em cozinhar. Ele era obrigado gentilmente a toda noite, ao chegar do trabalho, cansado, ir pra beira do fogão, porque eu só fazia algo pra comer quando estava sozinha em casa, ou seja, morria de medo de fazê-lo ver que eu era uma negação na cozinha, e falava pra ele, que eu não tinha coragem mesmo de cozinhar, que tinha trauma! E tinha mesmo. Precisei de alguns meses pra ter coragem pra servir algo pra nós dois comermos juntos. As prim...