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ai minha coluna...

Eu sei que falo muitas vezes que tô ficando velha. Falo muito sobre vovozinhas. Falo muito em saudade. E esses são os primeiros sintomas de velhice chegando. Reconheço.

Mas preciso deixar claro que não me sinto velha. Tenho apenas 36 anos. Algumas ruguinhas e alguns fios brancos na cabeça que as crianças, gentis que são, fazem questão de mostrar pra todo mundo ver. Sinto algumas dores novas que não sentia antes. Algumas coisinhas que não lembro também já fazem parte da minha fraca memória. Meu marido é mais novo que eu 1 ano e meio. Meus filhos já podem me carregar nos braços. Minha filha tá com muito mais corpo do que a mãe, há muito já passou da mãe em altura, o filho já me alcançou, e anda encantado por um italianinha da sala de aula (apesar de ele jurar que são somente amigos). Essas e outras eu já ando encarando na vida.

Agora vê se você concorda comigo. Fui intimada a ir no sábado pra cidade que morávamos antes, pertinho, apenas 30 km daqui, à noite, dançar. Eu, o marido e vários amigos que vêm pra cá só pra sairmos todos juntos. Eu vou, já falei, mas eu sei que vamos chegar tarde (ou cedo pro outro dia). Aqui ninguém dirige quando bebe, e certamente vamos beber. Por isso, precisamos pegar trem pra voltar pra casa. Entre cervejas alemãs (maravilhosas!!) discoteca, conversas que se alongam (vocês já viram alemães conversando???? toda concentração é pouca, porque as frases são enormes e a posição dos verbos é diferente do português, muitos verbos são separáveis e para você entender toda uma sentença, é um longo caminho até esperar que chegue o fim da frase), bondes, trens, ônibus, chegaremos em casa, no mínimo 7 da manhã.

...

Eu acho que estou velha pra essas coisas. Mas vou, é claro, afinal adoro dançar.
Mas eu fazia isso quando tinha 15, 18 anos. Chegava de manhã em casa e não tinha outra responsabilidade, além de acordar lá pelas 13 horas, pra ajudar a arrumar a casa ou cortar algumas verduras pra mamãe fazer o almoço de sábado ou domingo, e mais tarde sair de novo. Dor? Ressaca? nada! Hoje em dia, um passo em falso gera uma dorzinha aqui, outra ali.

Mas hoje ainda é quarta feira, e eu nem quero pensar no sábado. Porque hoje é dia também de dança! Jazz com as mocinhas de 40, como antigamente. Vou lá colocar minha sapatilha e já volto...

Comentários

  1. Nina, vc faz jazz? Acho isso chiquerrimooooooo. Bem que eu queria ter tempo tambem pra fazer dança. Queria fazer dança de salao com shrek. Ele é doidinho tambem pra fazer, mas a gente sempre inventa outras prioridades pro nosso tempo. Um dia a gente encara...nem que seja na melhor idade, aposentados.

    Vá lá pra balada, se divirta, nao se preocupe com o tempo, nem com as dores, viva la o momento...depois é só dormir bastante, descansar, que estarás novinha e folha e cheia de historias pra nos contar aqui sobre a discoteca, rs. Vc tá na melhor fase da vida. Hoje, aos 33 eu me sinto muito melhor que aos 20...tanto fisicamente como espiritualmente. Mulheres são como vinhos :-)

    beijooooooo

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  2. Nossa, Nina... eu me vi agora...
    Sempre amei dançar, mas sinto que o pique tá acabando... Ainda não descobri se é por força da idade ou por força da pequena princesa que apronta todas sem trégua... O marido? Adora dançar, é um "pé de valsa"... coitado! A tempos não saio com ele pra dançar... Tô devendo essa pra ele.

    Bem, você é uma fofa, amo tudo que você escreve... não me abandone jamais!!!!

    Bjux querida!

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  3. Não é velhice não porque eu já estou cheia de dores,rs!
    Sossega e vai se divertir...As dores a gente lembra depois!
    Eu falo pra minha mãe (que é doente e não é seu caso):Mãe, vai dançar,depois vc vai sentir muita dor,mas vc vai sentir dor de qualquer jeito,então aproveite a vida!

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  4. Eu tenho 38 anos e venho sentindo uma certa mudança também... E seu marido um pouquinho mais novo?... eu estou cobiçando alguém mais novo 13 anos hehehe...
    "
    Cada um tem a idade do seu coração, da sua experiência, da sua fé."
    George Sand

    Um forte abraço.

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