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Gentileza gera gentileza

Ainda com relação a gentileza. A Tânia me enviou um site legal, de incentivo a gentileza. É um site que tá com cara de novinho, meio que começando, mas que tem diquinhas legais, básicas, e onde podemos contribuir com opinião, além de pegar o selinho do profeta pra usarmos nos blogs ou enviar aos amigos, participando assim da jornada em favor de dias melhores.


Isso tudo me faz lembrar alguns fatos que presenciei.

1.Um dia entrando numa padaria, toda contente, indo comprar pão, sorrindo, feliz, com o sol brilhando de manhã cedinho. Há 8 pessoas na padaria(não esqueço esse número nunca), entro, dou um sonoro e simpático Bom Dia!!! e não recebo nada em troca, nadinha. Nem mesmo um olhar, nenhum grunhido, nem resmungos, nada. Absolutamente nada em troca. Sorrio meio sem graça, triste e vou-me embora, com meu saquinho de pão;

2. Estou num hospital, alguma emergência me aconteceu, acho que um dos meus ataques de dor de barriga, enquanto aguardo na sala, vejo passar uma mãe com um bebê no colo, a chupeta do bebê cai no chão, como estou longe, só vejo a cena. Um rapaz pega a chupeta e dá a mãe (opa,o que vejo, um sinal de educação, me alegro!!) mas e a mãe?? agradeceu? olhou nos olhos do rapaz? deu um simples sorriso?? Não meus caros, ela simplesmente pega a chupeta, e vira as costas. O rapaz dá meia volta, certamente envergonhando por ter ajudado, ou acostumado que está com a má educação alheia, não se importa;

3. Estou num lugar público, com muita gente, ali vai acontecer um bingo, ou algo assim. Lugar verde, com muitas árvores, gramado, um pequeno parque para crianças, etc. Vou em direção a um velhinho com uma pequena barraquinha, comprar algo. Ao meu lado um homem de cerca de 28 anos compra um sanduiche. Ele abre o lanche, e vai jogando um por um, o tomate, depois o alface, depois alguma outra coisa, e outra, ao todo 5 ou 6 componentes do sanduíche (não entendo porque ele comprou se não queria). O rapaz joga tudo, fazendo cara de nojo, com seus óculos escuros, suas pernas tortas, seus músculos à mostra. Absolutamente tudo, um por um, no chão. Detalhe: existe uma lixeirinha em frente a ele, que o bom vendedor ali colocou pra esses casos. Eu olho pro rapaz e aponto delicadamente a lixeira, ele se transforma, parece que vai querer me bater, xinga Deus e o mundo, pergunta se sou eu que vou limpar o lugar, que aquilo é trabalho pro gari, ou pro homem da barraquinha, que aquele lugar é público e ele faz o que quiser, que eu não mando nele. E mais algumas indelicadezas e impropriedades. Eu me calo desde o início, o que falar pra uma grosseria dessas? Rapaz de conceitos dignos de pena;

4. Estou num ônibus de volta pra casa, depois de um dia cansativo na faculdade, uma jovem mulher bebe Coca Cola, sentada comodamente perto da janela. Quando ela acaba o refrigerante, se prepara pra jogar a latinha pela janela. O seu braço já está fora da janela quando eu o agarro e digo que farei isso por ela. Pego a latinha da mão da moça que me olha com espanto, e saindo do ônibus, jogo na lixeira mais próxima. Ela permanece olhando e eu aceno com um tchauzinho;

5. Depois de um ano morando numa cidade pequena e mt mal educada, vou de férias pra uma cidade maior, onde a outra parte da família dos meus filhos mora. Estou num elevador, quando alguém entra. Eu baixo a cabeça levemente envergonhada. As pessoas dão bom dia, e eu fico mais envergonada ainda porque percebo que estou contaminada pela má educação das pessoas na cidade que moro.

NAO SE DEIXE CONTAMINAR PELA FALTA DE GENTILEZA DAS PESSOAS AO SEU REDOR. NAO É PORQUE TODOS FAZEM QUE VOCÊ TAMBÉM DEVE FAZER. FACA A SUA PARTE PARA UM MUNDO, PELO MENOS A SUA VOLTA, MELHOR.

Comentários

  1. E quando você entra numa sala de espera de um consultório e ninguém lhe responde aos bom dia? E no elevador do seu prédio? E os vizinhos trombudos?
    É o que mais há por aí, Nina.

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  2. Ah e por falar em gentileza, considere-se então abraçada via net através do meu Ares.
    Abração mesmo! Um dia quem sabe!

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  3. Nina, o texto é simples, é mais ilustrativo, mas me tocou de um jeito que estou aqui com as lágrimas presas...
    Graças a Deus sempre vivi em uma sociedade muito educada, talvez seja porque fui criada assim. Dou e recebo bom dias, inclusive dos coletores de lixo e carrinheiros(em SP carroceiros). Minhas vizinhanças nessa vida, sempre foram muito amistosas. Ensino aos meninos com muito fervor para serem educados, independente do vizinho, da pessoa e do lugar.
    Já arrumei algumas brigas por conta de lixo na rua, mas tudo bem sou assim mesmo uma briguenta nata.
    Seus textos são lindos.

    Beijins

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  4. Nina, quem, infelizmente, já não passou por situações como as descritas por vc? Uma pena... e, atualmente, quando a gente encontra alguém gentil, até se suspreende!!! Mas é sempre uma surpresa agradável!! Que mais pessoas descubram a beleza de ser gentil!!!
    Beijins
    PS: Feliz aniversário atrasado para a Laura!

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