Sabe, eu não me considero viciada no meu celular. Demoro a olhar meu telefone e irrito meu marido quando ele precisa de uma resposta rápida pelo WhatsApp, por exemplo. O Instagram, que só tenho porque me disseram que todo mundo que tem algo a vender deve estar lá e que vejo muita gente pendurada o dia todo, eu uso muito pouco. Posto alguma coisa e saio logo. O mesmo ocorre com o Facebook. Ambos, eu dou uma olhada rápida e isso não demora mais que uns quinze minutos todos os dias. E não tenho outra rede social. Em compensação, abro muito o Youtube. Nunca paro para assistir, mas passo o dia inteiro ouvindo vídeos variados, enquanto trabalho em casa, seja com ou sem fones de ouvido (estes eu uso quando a família está presente). Mas decidi diminuir o uso de tudo isso. Percebi que quando estou ouvindo um vídeo, fico alheia à minha família. Sempre pauso para ouvir o que meus filhos, por exemplo, têm a dizer, mas confesso que fico irritada com a interrupção no áudio. Reconheci ontem que passo
Esta é a nossa primeira vez sem a sua presença no seu aniversário, mãe. E isso é muito estranho. E dá vontade de chorar neste exato momento. Há dias mais leves e outros, mais difíceis... Sei que com o tempo, vamos nos acostumar, mas esse tempo ainda deve estar distante. Estamos levando nossas vidas, relativamente bem, mas a sua ausência incomoda. A mim, que moro longe há muitos anos dói, mas posso imaginar como ficaram meus irmãos Nildene, Núbia e Webster, que sempre estiveram tão perto da senhora. Hoje vai faltar uma lasanha – a melhor de todos os tempos – naquela mesa. Vai faltar a sua risada alta e voz estridente. Vai faltar música. Vai faltar a sua voz agradecendo a Deus as nossas mensagens pelo WhatsApp. Nirley não vai mandar uma orquídea, Nildene não vai chegar esbaforida do trabalho para tomar banho na correria, Núbia não vai chegar cedinho pra lhe ajudar a cortar os legumes e nem Webster vai chegar no meio da festa pra colocar as suas músicas preferidas. Mas mãe, vai chegar um