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Nosso vício de internet

Sabe, eu não me considero viciada no meu celular. Demoro a olhar meu telefone e irrito meu marido quando ele precisa de uma resposta rápida pelo WhatsApp, por exemplo. O Instagram, que só tenho porque me disseram que todo mundo que tem algo a vender deve estar lá e que vejo muita gente pendurada o dia todo, eu uso muito pouco. Posto alguma coisa e saio logo. O mesmo ocorre com o Facebook. Ambos, eu dou uma olhada rápida e isso não demora mais que uns quinze minutos todos os dias. E não tenho outra rede social. Em compensação, abro muito o Youtube. Nunca paro para assistir, mas passo o dia inteiro ouvindo vídeos variados, enquanto trabalho em casa, seja com ou sem fones de ouvido (estes eu uso quando a família está presente). Mas decidi diminuir o uso de tudo isso. Percebi que quando estou ouvindo um vídeo, fico alheia à minha família. Sempre pauso para ouvir o que meus filhos, por exemplo, têm a dizer, mas confesso que fico irritada com a interrupção no áudio. Reconheci ontem que passo
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Um livro sobre a minha mãe

Esta é a nossa primeira vez sem a sua presença no seu aniversário, mãe. E isso é muito estranho. E dá vontade de chorar neste exato momento. Há dias mais leves e outros, mais difíceis... Sei que com o tempo, vamos nos acostumar, mas esse tempo ainda deve estar distante. Estamos levando nossas vidas, relativamente bem, mas a sua ausência incomoda. A mim, que moro longe há muitos anos dói, mas posso imaginar como ficaram meus irmãos Nildene, Núbia e Webster, que sempre estiveram tão perto da senhora. Hoje vai faltar uma lasanha – a melhor de todos os tempos – naquela mesa. Vai faltar a sua risada alta e voz estridente. Vai faltar música. Vai faltar a sua voz agradecendo a Deus as nossas mensagens pelo WhatsApp. Nirley não vai mandar uma orquídea, Nildene não vai chegar esbaforida do trabalho para tomar banho na correria, Núbia não vai chegar cedinho pra lhe ajudar a cortar os legumes e nem Webster vai chegar no meio da festa pra colocar as suas músicas preferidas. Mas mãe, vai chegar um

Até um dia, mamãe querida!

Desde o dia 29.07.23 às 23hrs12min., o mundo ficou menos bonito. Bem menos perfumado, emperiquitado. E menos alegre. Muito menos caridoso e carismático. Menos engraçado. Deixou de ser tão florido e musical. Menos querido. Menos dançante, menos bem humorado. Menos alto astral. O mundo ficou menos ensolarado e menos tolerante. Menos amigável, confidente, sorridente. Menos paciente e terá menos fé também. O mundo se tornou menos confiante, confiável e menos contagiante. Menos justo e correto. Naquela cozinha, faltará sempre uma bela e maravilhosa mulher dançando e sorrindo com um cabo de vassoura. Terá uma mãe a menos. Uma avó. Bisavó. Uma irmã. Prima. Uma simpática vizinha. Sim, sem exagero algum, minha mãe era tudo isso. E deixou um legado de amor ao próximo, a sua marca registrada. Minha mãe deixou cheiro de flores nas nossas mãos e nós, seus filhos, nos sentimos muito felizes e privilegiados pela honra de tê-la tido como mãe. É, nosso mundo ficou menos belo e o céu em compensação, est

Você não precisa se amar mais!

Virou lugar comum dizer que as mulheres têm que se cuidar mais, que elas cuidam de todos e se esquecem de si mesmas. Mas eu vou na contramão: não acho que isso seja verdade. O que vejo é exatamente o contrário. Estamos muito focadas em nós mesmas e esquecendo dos outros. Se você for bem sincera consigo mesma, talvez venha a concordar comigo. Você não precisa se amar mais do que já se ama. Isso aí que você faz já é mais do que suficiente! Veja como age de forma egoísta a maior parte do tempo: *Você acha que tudo gira ao seu redor, não acha? Tudo o que alguém faz, faz pra lhe ferir ou chamar a sua atenção. É só por você que a pessoa age do jeito que age, claro! *Você acha que todos na rua estão te paquerando? Você se acha a tal, não é? *Você acorda e faz seu café e quer ficar ali quieta e sozinha, e que ninguém venha te incomodar? Se as pessoas da casa acordam, você tem vontade de mandá-los de volta para a cama? Os filhos que esperem a mamãe acabar de comer... *Você compra as

Um romance cristão

No tempo em que eu escrevia com mais frequência no meu blog, um tema muito sério sempre surgia: mulheres que quando criança, tiveram sua infância roubada por crápulas. Num desses dias, pedi às minhas leitoras e amigas que me contassem suas histórias, pois no dia em que eu escrevesse um livro, usaria seus depoimentos. Então, aqui estão todas elas, com suas histórias misturadas e nomes trocados, para não comprometê-las. Escrevi este pequeno romance em homenagem às minhas amigas que dividiram tão gentilmente, seus pesos comigo. Na época, eu nem era cristã, portanto não pude ajudá-las muito, mas hoje conheço Quem pode. E esta é a minha intenção com este livro, ajudar pessoas que passaram por tal experiência. Que elas aprendam a confiar no poder do Senhor para curá-las e na Sua capacidade de carregar esse peso enorme em seu lugar. É um romance, ou seja, uma ficção e tem um final feliz, porque eu realmente acredito neles. À venda pelo clube de autores. Clique em cima da foto da capa para

Ame e respeite sua filha

Se você tiver uma filha, cuide dela desde a infância. Deixe-a saber que você a ama e respeita e se for pai, demonstre muito isso a ela. Trate-a com consideração todos os dias. Isso fará com que ela fuja de homens ruins. Ensine-a com exemplos em casa, que ela merece ter um bom marido. E vigie e ore muito pelo futuro da sua menina. Sei que às vezes, coisas acontecem e os filhos se desgarram de nós, tomando suas próprias decisões, e é claro que isso vai acontecer, mas a nossa função como pais cristãos, é educar nossos filhos da melhor maneira que podemos no amor e temor d o Senhor. Porque o mundo tá lá fora, louco pra tragar nossas crias e mantê-las longe de Cristo.  Portanto, fique atento aos amigos dos seus filhos e tenha a sabedoria para tratar tudo o que surge, à luz da palavra. Não feche os olhos às coisas que você está enxergando e sabe serem ruins. Converse muito, dê atenção, ouça seus filhos. Eduque-os, eduque-os, eduque-os! E ensine-os a detectar homens ruins, caso sejam meninas.

Aja mesmo sem saber o seu propósito!

A palavra do ano – não do ano, mas da vida! – para mim é muito clara desde o ano passado, quando descobri o que penso ser o meu propósito: servir. Mudei de cidade há pouco mais de dois anos e descobri uma maneira de interagir com outras pessoas: ajudando, sendo solícita. Tenho feito isso na escola do meu filho, no jardim da infância da filhinha ou na quadra de ginástica que ela frequenta. Descobri que tinha tomado a decisão certa, quando me vi saindo de um desses momentos, toda feliz e saltitante. Ajudar aquelas pessoas em troca de nada, tinha me feito tão bem!  Quando menina, eu queria ajudar as mulheres a se vestirem, quando me imaginava uma estilista e gastava todos os meus cadernos com desenhos de moda. Com vinte e oito anos, eu queria mostrar às mulheres a sua beleza, quando andava com uma câmara fotográfica pelo interior do Amazonas pensando ser fotógrafa. Depois pensei que ajudar as comunidades ribeirinhas com as quais trabalhava, a serem mais independentes usando os recursos d

Você é bonita!

Certo dia, minha filha mais velha me disse ao ver algumas antigas fotos minhas que eu era uma gracinha, muito bonita. Eu me assustei e disse que não era não. No que ela revidou no mesmo instante: claro que era, mãe! Olha isso!  Bom, a verdade é que EU me achava bonita, mas os outros não pensavam assim. Ao ouvir o comentário da Laura, eu tive a reação de negar, porque ela estava indo contra o que todos me falavam e ao que eu já estava acostumada. Minha reação era: essa pessoa não vê o que eu vejo em mim. E tá tudo bem! Eu me acostumei a aceitar o que as pessoas pensavam, apesar de não acatar aquilo como verdade para mim mesma.  Ontem eu estava organizando algumas fotos e vi esta aqui embaixo: Nessa época, eu estava com vinte e um anos, ou seja, há exatos trinta anos que fiz pra um documento. E ontem, olhando pra essa Nina, eu me concentrei nos meus traços faciais e por isso, o zoom aqui está explicado. Me achei uma lindinha, modéstia às favas! Era isso o que eu via em mim antigamente, m

Como me livrei da enxaqueca

Há exatamente um mês não tenho enxaqueca! Para alguém que nos últimos dois anos, estava sentindo terríveis dores de cabeça quase todos os dias, com duas crises semanais onde cada uma durava cerca de três dias, isso é algo como um milagre!  Um dia, no meio de muitas dores, decidi que já estava na hora de tomar uma decisão a respeito:   já que os médicos não resolvem meu problema (já fizeram vários exames em mim) vou resolver eu mesma!  Comecei então a “dieta da enxaqueca„!  No dia antes de começar, estava tão triste que quase podia chorar. Triste mesmo! Principalmente pensando no café que teria que cortar da minha dieta alimentar. Mas, já no primeiro dia, percebi que poderia conseguir. Na verdade, só foi difícil imaginar minha vida sem aqueles alimentos: viver de fato sem eles não é difícil como eu pensava. Sobrevivi e me sinto muitíssimo bem! Às vezes, acordo e nem acredito que não estou com dor!  Nos últimos dois anos, amanhecia absolutamente todos os dias com enxaqueca! Algumas vezes

Não aborte!

Minha filhinha de quatro anos tem um jeitinho muito especial de ser. É meiga e talentosa (sabe misturar as tintas para pintar um quadrinho como ninguém), é sorridente, carismática e tão feminina. É um amor de garota! Às vezes, fico olhando pra ela e não acredito como pode um ser tão pequeno, ser assim, extremamente doce! Ela está sempre falando que nos ama, gosta de nos abraçar e nunca deixa ninguém sair de casa ou ir dormir, sem falar apontando para si mesma: beijo e abraaaaaço! Além disso, ela também nos alerta, pedindo que façamos o mesmo, quando de vez em quando me pergunta: mamãe, você já deu um beijo e um abraço no papai? Olho pra Ana Flora hoje e me envergonho da minha atitude anos atrás, quando soube da gravidez 100% inesperada: eu chorei um mês inteiro! Fui pega de surpresa, tive muito receio de encarar uma gravidez mais velha (estava com quarenta e seis anos), eu estava mesmo, morrendo de medo. Mas Deus me deu um presente nesta menininha. Ela me alegra, me conforta, me dá ale