Nao sou muito vaidosa, mas gosto muito
de fazer as unhas dos pés. Na verdade, isso nao tem muito a ver com
vaidade pra mim, mas com bem estar. Gosto muito de receber cuidados nos
pés, eles ficam tao limpinhos e leves depois... é bom né? Quando estive
no Brasil, em julho e agosto, nem fui a salao, com excecao de uma tarde fazer as unhas (na Alemanha nunca vou a salao fazer unhas, nunca penso nisso e é
caro demais).
Mas e daí?
Daí
que lembrei que quando comecei a viver com meu marido, eu fazia as
unhas dos pés dele. Compramos até uma daquelas vasilhas especiais pra
colocar os pés de molho, que fazem massagem, soltam bolhas e tal. Fazia
também os pés dos meus filhos. Sempre com uma boa massagem, feita com um bom creme no fim do servicinho. Eu gostava. Eram legais esses momentos
pra mim, e eu queria fazer alguma coisa bacana para minha família, e
como eu gosto que cuidem do meus pés, achava que as pessoas que eu amava
também gostariam. E sim, elas amavam.
Entao
um dia meu marido comentou com dois dos seus amigos, todo orgulhoso (no
bom sentido) o que eu fazia. Um deles quase teve um treco e comentou
que ele nunca deixaria sua mulher fazer isso nos seus pés, porque aquilo
parecia muito submisso e o outro amigo concordou (claro que ambos sao alemaes, meninos crescidos e criados num país onde mulheres parecem ter raiva de ser mulheres). Meu marido ficou envergonhado de se orgulhar
disso e eu nem liguei, disse que tava cagan*... e andando pra opiniao feminista
do seu amigo e continuei a fazer os pés da minha turminha. Já faz tempo
que nao faco, porque desde que o bebê chegou, me sobra pouco tempo até
pra fazer as coisas que já sao necessárias, imagina as que sao apenas
prazerosas...
Mas daí fico pensando nessas coisas tolas que o mundo nos ensina. E sabe o que penso? Que nao importa o que os preconceituosos, as feministas, os machistas, ou seja lá que tipos de "istas" ainda existam pra encher o saco da gente, com suas teorias e conceitos e regras. O que vale mesmo é estar contente dentro da nossa pele, nos sentirmos bem com "nossas" escolhas e aceitar de bom grado o que a vida nos deu. Por isso que eu sou mesmo doninha de casa, faco todo o servico sem reclamar, cuido dos filhos e do marido, cozinho com alegria, e ainda encontro tempo pra sair com amigas, fazer minhas comprinhas e me vestir dentro das minhas condicoes e entendimento de "moda", até bem.
E ainda essa semana vou voltar as fazer os pés dos meus queridos que agora sao quatro ;-)
Mas daí fico pensando nessas coisas tolas que o mundo nos ensina. E sabe o que penso? Que nao importa o que os preconceituosos, as feministas, os machistas, ou seja lá que tipos de "istas" ainda existam pra encher o saco da gente, com suas teorias e conceitos e regras. O que vale mesmo é estar contente dentro da nossa pele, nos sentirmos bem com "nossas" escolhas e aceitar de bom grado o que a vida nos deu. Por isso que eu sou mesmo doninha de casa, faco todo o servico sem reclamar, cuido dos filhos e do marido, cozinho com alegria, e ainda encontro tempo pra sair com amigas, fazer minhas comprinhas e me vestir dentro das minhas condicoes e entendimento de "moda", até bem.
E ainda essa semana vou voltar as fazer os pés dos meus queridos que agora sao quatro ;-)
Uma pena que esse carinho pela sua familia foi mal-interpretado pelos alemães. Mas temos que entender que, anteriormente, quando as mulheres eram submissas, era tradição em muitos países o marido chegar em casa e a mulher já esperava com a água quente (não existia chuveiro nem agua corrente) para fazer a "toilette" do marido. O marido ficava ali sentadão e era a mulher que lavava os pés (principalmente) e outras partes do corpo.
ResponderExcluirTodos esses rótulos acabam não nos afastando de muitas coisas que gostaríamos, mas não cai bem ( claro, para quem permite isso ). Questões culturais são fortes, mas acredito que a alegria, o carinho, conseguem ir além!
ResponderExcluirBeijo Nina.
Como são estranhas as cabeças humanas,não?
ResponderExcluirPena tantas bobagens cabem nelas! beijos e bom trabalho por aí!rs chica
Deve ser tao gostoso fazer nos pezinhos do Pedro!! ahhh que coisinha fofaaa!! Eu adoro ficar com aquela sensacao de leveza nos pes, mas agora com a barriga no meio do caminho nao rola nem que eu quisesse (tbm nao pago para ir na pedicure aqui, muito caro). Aqui tem varias mulheres meio que feministas, mas homem nunca vi nao, viu? A unica coisa que eu acho que deveria ser ajustada e o salario para a mesma funcao, muitas vezes a mulher recebe menos... mas de resto acho uma bobeira! bjks Nina linda!
ResponderExcluirAh, cuidar das pessoas que a gente ama não é bom só pra eles, eu também amo cuidar do meu marido. Inclusive ele anda disse que se os amigos souberem que eu passo hidrante nas suas pernas e pés dirão que ele é "metrossexual". Isso até eu começar com essa história, agora pergunta se ele fica sem creminho haha
ResponderExcluirSe você não se incomoda porque é errado ou faria mal?
É cada uma... rs
Beeijos!
Ps. detalhe que marido bem cuidado é outra coisa né? (:
Ninoca,
ResponderExcluirTá certinha, mande o mundo cagar e seja verdadeira com o que você acha que é certo.
Vejo muita beleza e cuidado no seu gesto. Se meu namorado gostasse, eu faria o pé dele também. Eu até falei com ele sobre isso mas ele é médico e sabe o valor da cutícula no lugar certo kkk.
Bjo
Márcia
ahaha marcia, tu é otima! ah, eu nao tiro cutícula, nao sei nem pra onde vai alicate :-)
ResponderExcluirAh, isso é um carinho lindo de se fazer e de se receber!!! Carinho e cuidado são bons para homem, mulher, criança, animal, planta, livro...rsrsrs...Infeliz de quem não o tem.
ResponderExcluirUm beijo grande!
Rê.
Não se intimide mesmo com opiniões alheias. No fundo, pode crer, esse amigo sentiu uma invejinha do seu marido. rs
ResponderExcluirBeijo, Nina.
Acho esses comentários externos ao casal desnecessários, cada casal funciona de um jeito, é único e não tem que ter regras de fora, só de dentro do relacionamento... rs
ResponderExcluirBeijocas
Veja só, né, cada povo interpreta à sua maneira certos atos ou palavras!
ResponderExcluirVocê tá mais do que certa, tem mais é que dividir com sua família o amor real, sem essa de que não fica bem isso ou aquilo. Garanto que eles amam de paixão esta tua personalidade tão brasileira e carinhosa.
grande beijo carioca
Oxe, Nina. E eu sempre te achei super feminista. Pra mim feminista é aquela que vive como bem entende sem aceitar que lhe imponham um jeito de viver. Se um homem pode fazer as escolhas que lhe dão na telha porque a mulher não pode? E você fez sua escolha, é dona de casa e não tá nem aí pra o que vão pensar, o que vão dizer, ou o rótulo que vão pôr em você. Bem, eu me acho feminista e interpreto o feminismo assim.
ResponderExcluir"Que nada nos defina,que nada nos sujeite, que a liberdade seja a nossa própria substância." Simone de Beauvoir
Beijão
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=499864253439893&set=a.346412782118375.80917.346411042118549&type=1&theater
ResponderExcluirNina, faz meu pé?rs...
ResponderExcluirVocê é uma esposa e mãe dedicada!
Acho que esse lance de feminismo bom, mas não significa que nós mulheres devemos esquecer a família e cada um por si - Afinal, quem não gosta de ser cuidado? Podemos ser feminista, porém não deixar o cuidado de lado.
No caso dos amigos do seu marido eles não entendem isso como um cuidado e vem à parte machista. E pelo que vejo seu marido não é machista, gosta de ser cuidado e, seguramente cuida. Chamo isso de homem inteligente!
Quando decidimos formar uma família, o equilíbrio deve existir. Muitos não entendem isso e acabam sufocando a relação com o machismo e feminismo.
Oi, Nina! Que saudades :)
ResponderExcluirEu compartilho da opinião da Conceição e também sou feminista. Na minha concepção de feminismo, ele está aí exatamente para que a gente possa escolher ser o que quiser. Depois que me tornei feminista, eu me sinto livre para ser psicóloga, dona de casa, casada, solteira, enrolada, o que eu bem entender. A questão é realmente a possibilidade de escolha. Notei no seu texto um carinho muito grande pelo ato de fazer os pés dos seus familiares. Você faz porque acha gostoso, especial, porque se torna um bom momento. Eu acho isso a coisa mais feminista do mundo. Fazer porque quer, porque escolheu fazer e lhe faz bem. Mas, como a Conceição falou acima, é interpretação. E o feminismo só me libertou :)