Uma das coisas ao pousar no Brasil que mais nos salta aos olhos, ou melhor, aos ouvidos, é notar o quanto falamos alto, muito alto aliás. Pra onde quer que você vá, tem gente gritando.
Uma coisa que nunca havia percebido: já notou que em TODO restaurante tem um, dois, três aparelhos de televisao ligados? E um em cada canal, pra todos os gostos. Ainda pensam que estao agradando, meu Deus do céu!
Quando nao sao tvs ligadas no último volume, há música ao vivo, com cantores que algumas vezes, sinceramente, dá vontade de ir lá, botar uma graninha nao mao do cara e pedir que ele porfavor, vá pra casa com o dinheiro do dia e nos deixe comer em paz!
I-M-P-R-E-S-S-I-O-N-A-N-T-E como convivemos com essa barulheira infernal em lugares onde, normalmente, o que se quer é sossego pra curtir a companhia que está ao nosso lado. Nem conversar a gente pode mais. Fica todo mundo olhando um pra cara do outro, sem entender nada do que o outro tenta falar, até que a gente desiste de bater um papo, come sem conversar, mastiga rapidamente, e sai do restaurante louco pra tomar um ar lá fora. Nem a refeicao a gente curte direito - é tudo engolido na correria- nem aquela conversa que a gente estava querendo ter com quem nos acompanha. O bebê que já estava levemente nervoso, fica ainda pior com a barulheira e você se arrepende de ter saído pra comer fora. Em vez de relaxar e curtir uma gostosa refeicao, você sai do restaurnate totalmente insatisfeito e levemente mais pesado, tanto da panca quanto na alma.
E vi isso acontecer em TODOS os restaurantes onde estive, só nao passei por esse sufoco 4 ou 5 vezes durante 6 semanas no Brasil, e nesses lugares, só nao havia esse barulho da pesada, porque eram lugares sofisticados. O resto das nossas refeicoes foram simplesmente confusas, você nao sabe pra onde deve olhar, se pro telejornal com suas notícias absurdas, se pro jogo de futebol, se pra novela, se pro teu acompanhante, enfim, é um horror!! E o pior é que se você pede pra o garcom diminuir um pouco o volume, alguns fazem de conta que diminuem ou se fazem esse favor, em poucos minutos, já aumentaram novamente... e junte a isso claro, gente gritando e rindo pra todo lado, e telefones tocando em todas as mesas com o povo berrando no celular, SEMPRE grudado nos ouvidos.
Falando sério, restaurantes no Brasil sao lugares altamente estressantes!
Fui lembrar desse detalhe terrível ao ler A arte de ser leve, (clique no link pra ler a crítica) que foi um dos livros que me foram recomendados numa postagem aqui no blog, em que a Luciana me recomendou.
No seu simpático livro, Leila fala sobre esse "hábito do ruído", que é a especificacao que o neurocientista Ivan Izquierdo dá a esse mal: Já nao achamos estranho ouvir um concerto numa praca em que sons da orquestra se misturam às gargalhadas e conversas, e aos gritos dos vendedores de refrigerantes e cachorros-quentes. Também achamos normal receber amigos em casa com a televisao ligada, o que poderia ser uma convesa relaxada e prazerosa vira competicao... estamos tao acostumados ao barulho que gritamos mesmo quando nao precisamos gritar... em meio a tantos ruídos, os sons que queremos ouvir se perdem. O acorde bonito da música, encoberto pelo barulho da rua, os sons do pássaros, o sopro do vento..."
Enfim, tudo muito estressante, cansativo e frustrante.
Aliás, pra terminar o post nao muito chateada, e mostrar o quanto sou boazinha :-) peco que se você quiser ganhar esse livro da Leila, o qual vou repassar com muito prazer, que você escreva seu nominho com email (senao tiver blog) nos comentários, que assim que eu terminar de ler, e a Laura, minha filha, também, vou fazer um sorteio aqui. Ok?!
Um beijo pra você e boa sorte!
Nossa! Sempre digo isso, que o povo brasileiro é barulhento e em algumas regiões são mais barulhentos ainda.
ResponderExcluirQuando fui a Porto Alegre, eu dizia a todo momento para uma amiga que foi comigo que a multidão de lá era bem mais silenciosa do que a daqui do Rio de Janeiro. Parece que no Rio tem sempre um camelô vendendo algo aos berros, um conhecido do outro lado da rua para um papo. E sim, os restaurantes são estressantes. Vc tem toda razão.
Beijocas
Adorei a proposta do sorteio, me interessei muito por este livro!
ResponderExcluirRealmente o barulho está tão presente em nosso cotidiano que muitas vezes nem percebemos o quanto isso nos aliena de momentos e situações que poderia ser aproveitadas em companhia de pessoas queridas...
Mas podemos tentar fazer diferente, especialmente em nossa família, com nossos filhos... para que eles não percam a capacidade de ficar em silêncio, ouvir a natureza, o vento, a chuva...
Ana Paula
apfabretti.ana@gmail.com
Nina, eu detesto barulho, voz alta, telefone tocando, porta batendo e sobretudo detesto música enquanto quero falar. Nem saio de casa, não sou de festas justamente porque é impossível pensar com determinadas "bandas" que tocam em eventos assim. Eu, hein... quero não rsrsrs
ResponderExcluirMas o livro quero sim...
Aproveitando:
Muito obrigada pelo lindo comentário em meu post de aniversário.Você, com sua palavras meigas, sempre me comove.
Beijosss, e muito obrigada
Olá querida Nina,
ResponderExcluirÉ verdade, incrível como as pessoas falam alto em qualquer lugar, aqui no nordeste então, meu Deus! às vezes nem acredito que a pessoa fica tão a vontade para "berrar" no celular em lugares público, todo mundo que está presente no local fica sabendo de toda a conversa...
Considero que isso está totalmente ligado com a educação das pessoas.
Um grande beijo, fique com Deus!
oi Nina, eu estou e acostumando a falar mais baixo, pq minha familia toda sempre falou muito alto.
ResponderExcluirQuero participar do sortei do livro.
beijos e tudo de bom.
Denise
sereia_32@hotmail.com
É disso que falo Nina. Quando vou a um restaurante, lanchonete ou bar, sou a favor da música ambiente, aquela que não te irrita, tocada suavemente e nada, por favor, de televisão, afinal de contas, quando saio gosto de conversar, sorrir, e tudo que tira a atenção, pra mim já não presta.
ResponderExcluirE pra concorrer a esse livro, meu email: mchelleps@yahoo.com.br
beijos Nina
Olá Nina!
ResponderExcluirPois é, sair com filho é sempre uma aventura, em lugares barulhentos então, melhor evitar! Como é estressante sair com as crianças também em lugares onde tudo eles podem mexer, estragar, se machucar. É um deus-nos-acuda e ao invés de relaxarmos da mais é vontade de voltar pra casa! Hehehe
Quero participar do sorteio!!
Camila
camilapagno@hotmail.com
Nina,
ResponderExcluirEu até já escrevi post sobre isso, sobre a forma histriônica de tudo aqui em nosso país.l Acham que barulho está ligado à felicidade. tsc tsc
Eu quero ganhar esse livrinho aí, sim!
Ueba!
bjs cariocas
Opa to dentro!
ResponderExcluirEu tambem nao sei se e do latino, mas sim, no Brasil as pessoas falam alto mesmo e ha barulho para tudo quanto e canto. Na minha familia nao e diferente das outras, eles falam alto. Caramba mas tem uma hora que voce fica ate estressado e nao sabe o porque! E outra se a gente ta estressado e motivo de gritar, se ta feliz e motivo para gritar. Complicado ne essa histeria hein?
Musica ambiente e uma coisa ne? Agora poluicao sonora, mistura de sons e musicas nao da! E quando o instrumento e mais alto que a voz? Ixiii...
Bem, o incomodo por barulhos veio cedo quando fazia faculdade...ruido sonoro no Brasil e mais elevado, digo nas ruas mesmo... principalmente em SP. Uma amiga minha fono tbm, esta fazendo doutorado na UsP com pesquisa nisso. Depois vou ate querer acompanhar essa evolucao.
bjinhos
Também concordo contigo, somos muuuito barulhentos! E gostaria de participar do sorteio.
ResponderExcluirlenirahaus@hotmail.com
Nina,
ResponderExcluirUma amiga brasileira veio me visitar aqui na Alemanha e quando estávamos num restaurante, ela comentou: como são silenciosos os restaurantes daqui! Falta uma musica! E sabe que eu tb senti falta de um barulhinho?
Realmente somos acostumados no Brasil a frequentar ambientes muito barulhentos...
Bjao minha querida, estou muito interessada no livro!!!
Beijos
Márcia
Oi NIna,
ResponderExcluiradorei teu comentário lá no Luna. É, agora o sufoco passou e estou bem mais leve e feliz.
Eu me sinto um pouco culpada em relação ao barulho, porque sou gritona, falo alto, às vezes sem sentir. Mas estou tentando me reeducar, falar mais baixo e pausadamente.
E quanto a restaurantes... estivemos alguns dias em uma situação que mudou um pouco nossa rotina e foi necessário almoçarmos em restaurantes. Foi um sufoco! hahaha Aí eu preferi adiantar o almoço de noite e voltamos a comer em casa, na tranquilidade, saboreando um chimarrão antes de comer, enfim... Menos barulho e menos afobação e multidão. Eu tenho um pouco de pânico de lugares lotados e sinto-me incomodandando quando o lugar é tão apertado que a gente não tem nem aonde parar para esperar vagar uma mesa. =/
Mas fora isto, espero que tua estada aqui na terrinha tenha sido maravilhosa!
Um beijão
Nina amada saudades de ti viu. Amiga quando eu li esse post, fiquei refletindo o quanto somos barulhentos mesmo, principalmente aqui em Ita, o pova adora assistir jogo de futebol em restaurante. Lembrei do nosso encontro lá em Manaus, a comida estava muito boa, o lugar era legal, a companhia era ótima (vc e Pedrinho, claro, mas o som, aquele cantor de brega -ai, ai - nós não mereciamos, hem Nina, mal deu pra gente comversar.
ResponderExcluirOh amiguinha ja recebi teu e-mail, desculpa a preocupação tah, e brigada por todo esse carinho, recebo tuas orações de coração aberto.
Bjus
esculpa a preocupação que eu causei tah amiga, recebi teu e-mail ontem,
Oooooba....eu queeeeero...rs
ResponderExcluirTatiana Quattrone: tati759@gmail.com
Ótimo post!!!
Nossa Nina, eu sou super sensível com ruídos, me incomodam demais. Engraçado que em Cancun é igualzinho.
Eu tinha ate esquecido,mas hoje mesmo fui tomar café na rua e la estava a diaba da TV aos berros.
Viajar é bom demais ne Nina? Eu sou como você!!
Beijocas!!!
Ei Nina, como tá?
ResponderExcluiré bem verdade que somos barulhentos, eu graças a Deus nem tanto. Em restaurantes eu não gosto de Tv e música alta, principalmente se eu estiver acompanhada, pq adoro conversar.
Me poe no sorteio. Bju
Olá!!
ResponderExcluirAdoro silencio..é tããoo bom!
Adoraria ganhar este livro!
Obrigado Nina!
Beijinhos!!
Thaís Marques
t.thaismarques@gmail.com
Nossa...Nina, você acertou na mosca la no comentário do meu post!!!
ResponderExcluirPessoas sensíveis como nos, sofrem as vezes sem nem saber porque, sentimos aquela vibra ruim que não sabemos nem de onde vem.
Captou tuuuuudo perfeitamente menina bonita!!!!!
Beijocas!!
Ninocaaaa!
ResponderExcluirComo vai você? Por onde andas?
saudades!
beijos cariocas primaveris
Nina
ResponderExcluirEu já li o livro de Leila Ferreira que é de Araxá.( terra de minha mãe)
Ela pérdeu sua mãe há pouco menos de um mês.
Mamae conhece toda sua familia.
E uma péssoa linda e curiosamente em suas palestras ela diz que está aprendendo a ser leve.
E este sabado está azul de verdade aqui nas Minas Gerais.
com carinho Monica
Nina, adoro ler a Leila Ferreira, mineira das boas. Tem 2 outros livros dela que são ótimos.
ResponderExcluirÉ verdade, nós já nos acostumamos com a barulheira do brasileiro, ou do latino, mais especificamente.
Também não gosto de barulho e de preferência gosto de sairà noite, e em lugares mais calmos. Aqui se sai muito com crianas também, e haja paciência e barulho. (sei que "há vida depois da maternidade" e as mães precisam sair e não têm com quem deixar os filhos. Mas há que educá-los, prepará-los para a vida em comunidade. Minhas filhas estão criando seus filhos e vejo bem que é uma luta sair de casa e ainda deparar com lugares barulhentos).
Meu blog está fora do ar, provisoriamente, mas posso concorrer assim mesmo?
luciahsf@oi.com.br
Beijo!
É claro que pode participar Lucia querida!
ResponderExcluirTodos que comentaram aqui, fizeram parte do concurso, até mesmo a Monica,que já leu.
Mas foi a Marcinha a sortuda da vez!!
Um beijo pra todas e até o próximo sorteio :-)
Oi Nina
ResponderExcluirO assunto é muito atual, pois os barulhos estão infernizando as nossas vidas, seja em rtestaurantes, nas ruas, com as inúmeras obras, businas de carro pela caos no trânsito, nos cinemas para não bastar há como vc cita quem recebe as visitas com eletrônicos ligados enfim estamos cercados de ruídos e os diálogos sofrem grave consequências.
Estou no sorteio,.
bjs