Pular para o conteúdo principal

Hora de naná

Esse bonequinho que vocês podem ver no vídeo tem 50 anos. Ele se chama Sandmännchen.


No início de toda noite,o Sandmännchen surgia na TV pra avisar as crianças que já era hora de dormir. Sempre com essa musiquinha e com pequenas e curtas historinhas e no fim de cada historinha, ele soltava um pozinho mágico, que "fazia" com que as crianças tivessem sono. Programa que teve origem na Alemanha Oriental. Meu marido vem dessa antiga divisão do país, e se lembra com entusiasmo do Sandmännchen. Ontem vimos na TV e ele tinha um leve sorrisinho no rosto ao saber que o querido bonequinho completou 50 anos. Quer dizer, ele lembra feliz hoje, mas diz que essa hora era chata, porque TINHA que ir dormir. Os pais aqui são muito rígidos com horários das crianças irem pra cama. Criança pequena tem que estar no máximo, às 7 da noite na cama e as maiores, às 8 horas. Criança vai sozinha pro quarto, no máximo os pais podem acompanhar por pouco tempo, dependendo do tamanho da criança, ele pode por exemplo, contar uma historinha, ou muitas vezes nem isso, menino vai pro quarto sozinho e se vira pra domir sozinho. Inclusive os bebês. Os coitadinhos são colocados no berço e ali esquecidos, se chorar, mãe nem liga.

Eu confesso que não conseguia ser tão dura com meus filhos.
Fazia parte do nosso ritual, ler historinhas e cantar musiquinha de ninar, às vezes, nem ia direto pro bercinho, eu armava a rede no quarto, e  ficávamos nós dois no embalo, mamãe e bebezinho,  eu corujando o filhote, cantando e lendo histórias. E aí sim, diminuir a luz, dizer boa noite e contar com a sorte que molequinho dormisse sozinho.

Essa dureza do povo alemão com criança não me agrada, não tem jeito, a gente é mãe de sangue quente, matronas mesmo. Precisamos ter nossos filhotinhos em volta, guardadinhos em baixo das nossas asas. Deixa pra ser independente quando ficar um pouco maiozinho, né?? Enquanto a gente pode curtir essa doce infância deles, é pra curtir, porque logo moleque cresce, entra na puberdade e adolescência e nem quer mais saber da gente, pobres mães que na verdade somos, carentes e que sentem é falta desse aconchego que faltou na sua própria infância...

Comentários

  1. Concordo absolutamente em tudo que você escreveu.
    Aqui eles são bem rígidos com relação a horário, mas eu sou mais flexível já que não temos família por perto e o pai não tem hora para chegar.
    Meu filhote primeiro dorme na minha cama e depois o transferimos para a dele.
    Como você disse é uma fase que não podemos perder.
    bjks

    ResponderExcluir
  2. Vixe que eu aproveitei 19 anos hehehe minha filha saiu da minha barriga e foi direto para minha cama e dormíamos de mãos dadas todos os dias... :-)
    Beijão!
    Oxê que ando com saudade de ti, Menina!

    ResponderExcluir
  3. Amei...concondo contigo e com as duas belas acima...O filhote saiu de dentro de nós...lá era quentinho e gostoso!! o mundo aqui fora já é duro demais...nossa casa é nosso templo...e nós mamies somos o conforto desta loucura...o tal do porto seguro, né..vamos amar e carinhar...é muito gostoso e aquece a alma...segurança, né!! bjkas adoro ler seu blogg..bye!!

    ResponderExcluir
  4. É mesmo né meninas? A vida já é tão dura lá fora, nosso lar tem que tentar ser o máximo doce, mas não podemos esquecer de colocar limites na molecada!!! Porque só assim, eles vão poder seguir lá fora sem nossa constante presenca.

    Um bj em cada uma das doces mamães!

    ResponderExcluir
  5. Ah Nina...
    O povo latino realmente me encanta. Este nosso cuidado com a prole, com os indivíduos, com o coletivo é muito especial, e ai de Michi se reclamar da mãe corujona que eu vou ser!
    Nina, sabe uma coisa que eu percebo aí... A criançada é tão quietinha e comportada! Parece que nem é criança...
    Cultura... cultura...
    Vai saber!
    Bjim!
    Márcia

    ResponderExcluir
  6. Nina, que coincidência.Ontem eu conversava com minha prima que morou aí durante 8 anos e ela me contou que quando fazia a adaptação de seu filho na creche, aos 6 meses, foi chamada a atenção porque pegava ele no colo quando ele chorava.
    Como assim , não pegar um bebê de 6meses no colo pra acalentar ?
    Você tem toda razão, mãe latina é mãe latina.

    ResponderExcluir
  7. Nina .... meu Tujú fez um resumão com dicas de viagem pra Matchupicchu. Vou publicar lá no meu blog logo que passar a estréia do meu filmezinho que será nessa semana. Posso te mandar por e-mail se quiseres. Ele indicou onde comprar os tickets ... dicas ...mesmo. Por onde andamos e como fizemos pra chegar lá.

    Um beijo, querida...
    Vá porque a viagem é emocionante mesmo.
    Até,

    Bel.

    ResponderExcluir
  8. Dizem mesmo que a Alemnha tem um rigor severo com a educação. E nós aqui do Brasil somos mesmo diferentes.
    Imaginei também minha infancia. Era otimo esperar a hora da histporia ou as brincadeiras com os tios.
    Com carinho Monica

    ResponderExcluir
  9. Bem, francamente eu concordo no fato das criancas irem cedo pra cama. pelo menos aqui no nosso pais vc sabe que nunca tem nada que preste na tv aberta pra criancas mesmo!

    mas a questao da rigidez é assim mesmo.. cada um cuida do seu filho de acordo com sua cultura, e a gente, brasileiro, ta acostumado a mimar demais, e muitas as vezes isso prejudica né!

    mas eu gostei da criatividade do bonequinho. se a ideia pegasse aqui, aposto que as crianças iriam mais 'felizes' pra cama :)

    AH PROPOSITO, O LIVRO CHEGOU, MULÉ!!
    PENSE NUMA GURIA FELIZ!
    OBRIGADA!!! \o/ \o/

    ResponderExcluir
  10. Oi Nina!! Que saudade de ler você. Ando tão preguiçosa, tu nem sabe...
    Eu nunca tive um interesse muito forte pela cultura alemã pra saber como eles se comportam e tal, mas sempre tive essa impressão da rigidez mesmo. Deve ser difícil pra criançada. Imagino tb que pra eles seja muito estranho o nosso jeito de ser e de lidar com as pessoas e com o filhos. Eu sem dúvida prefiro o amor como metodologia de educação.
    Um beijo bem grande em vc querida e um ótimo fim de semana.

    ResponderExcluir

Postar um comentário